quarta-feira, 30 de maio de 2007

Pra não dizer que não falei de das Dores



(O título acima foi produzido por mim em parceria com Geraldo Vandré.)

Era uma vez num reino muito distante chamado Massachusetts...

Era uma vez um príncipe chamado Walt, um príncipe muito lindaço e muito ricaço e que não casava nem a pau...

Era uma vez também uma nobre donzela que está sentada ali numa pedra perto daquela árvore ali ó...

O príncipe cavalgava em sua Ferrari puro sangue quando avistou a princesa, que olhava muito tristonhamente para um laptop.

- Que passa con usted, mucho linda princesa? - perguntou.

- Estou pê da vida. - respondeu a rainha - Fica o povo todo pensando que sou das Dores...

E a linda condessa explicou-lhe que não podia acontecer um fato qualquer em sua vida que logo surgia uma multidão com mania de tomar suas dores, como se ela não soubesse se virar por si mesma, como sempre o fizera.

- Mas isso não é bom? - indagou o rei.

- Claro que sim,ô! - respondeu a princesa - Mas tá havendo muito exagero e quase não consigo ficar puta antes desse povo.

- Entiendo mucho mucho. - filosofou o sábio.

- Você sabe quem sou eu? - indagou a princesinha.

- No és Maria das Dores? - exclamou o príncipe pra sacanear o digitador pois todo mundo viu que isso foi uma interrogação.

- Claro que não, ô! - afirmou a rainha - e se você adivinhar meu nome ganha um beijo.

- Well, se olharmos pela linda cor de seus cabelos contrastrando com a linda cor de seus olhos, diria que é...Maria das Cores? - arriscou o príncipe.

- Não passou nem perto. - riu a rainha.

- Well, então com essa flor aí no cabelo só pode ser...Maria das Flores? - perguntou o rei.

A princesa percebeu que o príncipe nunca acertaria, pois em seu nome não tinha Maria, e resolveu se apresentar.

- Meu nome é...

Nesse exato instante, eis que passa voando uma astronauta feia pra cacete.

- Vou de-sen-har um co-ra-ção! - anunciou a bruxa Dona Baratinha com suas gargalhada astronáutica e flácida gramática.

Assustada, a princesa saiu correndo, esquecendo-se de seu sapatinho de cristal.

E o rei sorriu pois, muito sábio e muito lindo, já sabia muito antes quem era a princesinha: alguém pra ser admirada, mas nunca idolatrada.

A bruxa? Bem, essa levou um nobre pontapé bem no meio do rabo e foi parar lá na Lua, de onde nunca deveria ter saído.

E todos foram felizes para sempre: todos, menos a bruxa.


Moral da história: Sei lá...acho que vou comprar sorvete.



Texto mucho bem traduzido por mi amor, Miss Marycota. O sotaque do príncipe foi propositadamente mantido.