(Esta história, aqui adaptada, é tida como de domínio público. Se alguém tiver conhecimento do autor avise-me que, se meu cartão não estiver estourado, eu coloco o crédito.)
Contam que uma próspera empresa brasileira importou uma máquina fabricada na Alemanha.
Não se sabe o que produziria, mas certamente não era para produzir petistas puxa-sacos, porque isso dá em qualquer boteco; tampouco era uma máquina para treinar astronautas.
Mas o que importa para essa história é que tal máquina não funcionava de forma alguma e que durante meses a empresa alocou os mais gabaritados profissionais conhecidos para tentar resolver o problema, não obtendo sucesso.
Convocou-se uma reunião de emergência:
Síntese da Ata de Reunião:
- O presidente quer a minha cabeça, precisamos resolver isso de qualquer maneira. – disse o gerente industrial.
- Dia 30 de Setembro os senhores vão ficar chupando o dedo. – ameaçou a secretária.
- Já tem três dias que a patroa me olha atravessado porque não compareço por causa dessa maldita máquina. – disse o chefe de manutenção.
- Esse treco é muito compricado, sobretudo pela praca Madre in Germânia que colaram nela. – disse o funcionário designado para conduzir a máquina.
- Acho que a única saída é chamar o Zé Martelinho de Ouro. – arriscou o chefe de produção.
- Grazi e Alemanha negam rumores de crise de funcionamento no namoro. – rascunhou Roberto, planejando seu estágio noturno.
Decidiu-se nesta data convidar o senhor José Martelinho de Ouro para tentar solucionar o problema.
(...)
Abriu sua velha maleta 007 e pegou sua única e inseparável ferramenta: o martelo.
Rodeou a máquina, investigando cada palmo com olhar taciturno; arrumou o chinelo; deu uma cuspida para o lado; mirou bem um ponto milimétrico na máquina.
- Péeeeinnnmmnnn! – disse o martelo.
Milagrosamente e para a alegria de todos (inclusive a secretária...), a máquina começou a funcionar perfeitamente, batendo todos os recordes de audiência.
- Vamos acertar as contas. Quanto a empresa deve ao senhor?
- Dois milhões de reais...
- O senhor tá louco? Dois milhões de paus por uma simples marteladinha, meu?
- Que isso, meu filho, assim você me ofende. A martelada é de graça; os dois milhões são por saber ONDE exatamente se deve dar a martelada.
Texto: Walt Oswald, PhD.
Tradução: Miss Marycota – Estagiária-chefe e amore mio de Walt.
Nota:
O tema dessa história eu ouvi há muitos anos, em alguma parada para um cafezinho.
Fiz uma adaptação e postei aqui como forma de agradecimento a duas pessoas que me ajudaram a encontrar erros de script nesse blog: