terça-feira, 15 de maio de 2007

Martelinho de Ouro

(Esta história, aqui adaptada, é tida como de domínio público. Se alguém tiver conhecimento do autor avise-me que, se meu cartão não estiver estourado, eu coloco o crédito.)

Contam que uma próspera empresa brasileira importou uma máquina fabricada na Alemanha.

Não se sabe o que produziria, mas certamente não era para produzir petistas puxa-sacos, porque isso dá em qualquer boteco; tampouco era uma máquina para treinar astronautas.

Mas o que importa para essa história é que tal máquina não funcionava de forma alguma e que durante meses a empresa alocou os mais gabaritados profissionais conhecidos para tentar resolver o problema, não obtendo sucesso.

Convocou-se uma reunião de emergência:

Síntese da Ata de Reunião:

- O presidente quer a minha cabeça, precisamos resolver isso de qualquer maneira. – disse o gerente industrial.

- Dia 30 de Setembro os senhores vão ficar chupando o dedo. – ameaçou a secretária.

- Já tem três dias que a patroa me olha atravessado porque não compareço por causa dessa maldita máquina. – disse o chefe de manutenção.

- Esse treco é muito compricado, sobretudo pela praca Madre in Germânia que colaram nela. – disse o funcionário designado para conduzir a máquina.

- Acho que a única saída é chamar o Zé Martelinho de Ouro. – arriscou o chefe de produção.

- Grazi e Alemanha negam rumores de crise de funcionamento no namoro. – rascunhou Roberto, planejando seu estágio noturno.

Decidiu-se nesta data convidar o senhor José Martelinho de Ouro para tentar solucionar o problema.

(...)

Abriu sua velha maleta 007 e pegou sua única e inseparável ferramenta: o martelo.

Rodeou a máquina, investigando cada palmo com olhar taciturno; arrumou o chinelo; deu uma cuspida para o lado; mirou bem um ponto milimétrico na máquina.

- Péeeeinnnmmnnn! – disse o martelo.

Milagrosamente e para a alegria de todos (inclusive a secretária...), a máquina começou a funcionar perfeitamente, batendo todos os recordes de audiência.

- Vamos acertar as contas. Quanto a empresa deve ao senhor?

- Dois milhões de reais...

- O senhor tá louco? Dois milhões de paus por uma simples marteladinha, meu?

- Que isso, meu filho, assim você me ofende. A martelada é de graça; os dois milhões são por saber ONDE exatamente se deve dar a martelada.


Texto: Walt Oswald, PhD.

Tradução: Miss Marycota – Estagiária-chefe e amore mio de Walt.

Nota:

O tema dessa história eu ouvi há muitos anos, em alguma parada para um cafezinho.

Fiz uma adaptação e postei aqui como forma de agradecimento a duas pessoas que me ajudaram a encontrar erros de script nesse blog:

Miss M. e Mr K. : Mucho obrigado! Muito antes eu já aprendera que sozinhos não vamos a lugar algum. Thank you very much.